O título “A Minha Mamã Está na América e Encontrou o Bufallo Bill” e a capa amorosa desta novela gráfica não deixam adivinhar o quanto este livro é tocante.
Não irei falar muito sobre a história, porque a descoberta
da mesma é o ponto chave. De qualquer forma, gostaria de partilhar aqui uma
citação que se encontra na contracapa do livro, pelo Le Nouvel Observateur: “Uma
bela história sobre o luto, a amizade e aquela mania dos adultos de mentir por omissão”.
Julgo que resume na perfeição e toca num ponto muito pertinente,
já que muitas vezes os adultos não sabem como falar com as crianças, principalmente
em situações extremas e inesperadas. Este menino é um doce e tem uma perspectiva
da vida muito inocente, própria da sua idade.
Quanto às ilustrações, achei-as muito bonitas e, acima de
tudo, muito expressivas. É incrível como as suas expressões falam tanto, ao
ponto de quase não ser necessário texto. Para além disso, uma primeira leitura
poderá levar-nos a crer que são desenhos simples, mas uma observação mais
cuidada revelar-nos-á inúmeros detalhes. Depois temos a palete de cores, com
tons que adoro e que resultam muito bem no todo.
O livro tem ainda, entre capítulos, os interlúdios, que
embora não sejam continuação directa da narrativa, acabam por estar relacionados
e acrescentar valor ao que já foi apresentado.
Em resumo, temos aqui uma novela gráfica aparentemente simples, mas que, no entanto, contém uma mensagem muito forte e que obriga a reflexão. E este menino, na sua inocência, cativa qualquer leitor!
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