Sarah Addison Allen é um dos meus guilty pleasures literários.
Ler os seus livros oferece-me conforto e quentinho no coração. Por isso mesmo,
volto sempre a eles, um porto seguro depois de viagens mais arriscadas ou
atribuladas…
Kate vive dias difíceis, a morte do seu marido, há cerca de um
ano, levou-a para um lugar escuro de onde tem dificuldade em sair. Mas a sua
filha Devin, de oito anos, precisa da sua atenção e será ela que irá descobrir,
numa incursão ao sótão, um postal da tia-avó Eby que Kate nunca chegou a ver.
Anos antes, Kate e a sua família visitaram o Lago Perdido, a propriedade de Eby,
mas algo aconteceu entre a mãe e a tia-avó que as fez regressar a casa de forma
algo brusca e antecipada. Ainda assim, as memórias de Kate do espaço e das
pessoas são muito boas e ela sente que este postal é o sinal que precisava para
fazer alguma coisa de diferente na sua vida.
O que ela não sabe é o quanto a sua tia-avó Eby está desesperada,
à beira de vender o Lago Perdido, porque não tem condições financeiras nem psicológicas
para o manter, depois da morte do seu marido. A ida de Kate para lá
representará uma nova página na vida das duas!
A pequena Devin é adorável e confere à história o tempero
necessário para me regalar. Adoro as personagens deste livro, pela sua
fragilidade misturada com muita força. Adoro o lago e o seu misticismo, o aligátor,
a força das personagens secundárias.
Para mim este livro foi uma releitura, mas não perdeu o
encanto por conta disso. A cada página lida, relembrava situações, tal como
revemos locais onde já fomos felizes. Foi uma leitura muito agradável e, quem
sabe, daqui a uns anos, não retorno?
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