Apaixonei-me por este livro assim que vi a sua capa. É simplesmente
maravilhosa, com uma imagem que faz todo o sentido na história e uma escolha de
cores perfeita. Agora que o li, apaixonei-me também por esta história tão
original e por estas personagens incríveis.
Elsa teve um trágico acidente na neve que a deixou em coma.
Já se passaram vários meses, mas não há qualquer alteração no seu relatório clínico
e os médicos dão indicação para desligar as máquinas. Mas nós leitores, sabemos
o que eles não sabem. Sabemos que Elsa consegue ouvir tudo o que se passa à sua
volta, embora essa seja a única função que tem activa.
Thibault tem vindo ao mesmo hospital onde Elsa está internada,
com o intuito de visitar o seu irmão, sem nunca o conseguir fazer. A sua revolta
ganha sempre, já que o irmão matou duas adolescentes de 14 anos, porque conduzia
bêbado.
Certo dia, por lapso, Thibault entra no quarto de Elsa. Ela
não costuma ter visitas, pelo que ele encontrou, de repente, um sítio onde se
sente em paz. Já Elsa consegue ouvi-lo e sente, também ela, paz. Algo
inesperado para os dois e que faz com que ele retorne, ao ponto de se
apaixonar.
Temos aqui uma história triste, mas doce. Um amor verdadeiro
baseado em muito pouco, que faz o leitor acreditar que o amor vai muito além do
que pensamos ser. Algo superior e mágico.
O livro é construído com capítulos intercalados, pela voz de
Elsa e de Thibault, o que lhe confere uma excelente dinâmica e duas
perspectivas de cada acontecimento, enriquecendo-o.
No final do livro fiquei com vontade de mais. Senti pena que terminasse, de ter que me afastar destas personagens tão doces. Foi, de facto, uma leitura que me surpreendeu pela positiva!
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