O título deste livro “As Cinzas da Sra. Nash” indicia-nos uma
história trágica, no entanto, a sua capa remete-nos para um romance fofinho. E,
a verdade, é que o livro é realmente uma mescla de ambas as situações!
Millie tem quase 30 anos e encontra-se, neste momento, a
cumprir uma missão que se autoimpôs. Para
entendermos as suas razões, precisamos de recuar um pouco no tempo. Millie
separa-se do seu namorado e acaba por ir viver com a vizinha do lado, uma
senhora idosa com quem se dá muito bem. Esta vizinha, a Sra. Nash, acaba por
lhe contar o quanto gostaria de rever um grande amor, uma mulher que conheceu
durante a guerra, mas cujo preconceito não as deixou concretizar esse amor. Millie
combina então ir em busca desta mulher, para que a Sra. Nash a possa ver
novamente. Mas, infelizmente, ela morre antes que tal se concretize. Millie decide
então empreender esta busca sozinha, apenas com as cinzas da Sra. Nash por
companhia.
Quando se prepara para fazer a viagem de avião,
acontecimentos vários levam-na a ter de viajar, de carro, com um homem que
conhece vagamente e que não prima pela simpatia. Esta viagem será para eles uma
odisseia, com peripécias várias, mas será também uma viagem de descoberta interior
e de descoberta um do outro.
Temos aqui, portanto, romance, mal-entendidos, situações
peculiares, e uma enorme amizade que move Millie e que adorei acompanhar! A
forma como o livro termina, no que toca à Sra. Nash (ou às suas cinzas) é muito
comovente.
O livro é fácil de ler, mas não é muito leve. A escrita faz-nos imergir nestas páginas e viver estes dias com Millie e Hollis, desejando-lhes um final feliz. São duas personagens frágeis, com uma armadura fictícia que se derruba ao primeiro sopro. Mas são igualmente duas personagens bom coração que só nos fazem querer que tudo lhes corra de feição. Confesso que terminei o livro com a sensação de que vou sentir saudades deles! Um romance fofo, mas, ao mesmo tempo, sério. E respeitoso do tema. Por isso gostei tanto dele!
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