Opinião... Francesca Giannone * Amanhã, Amanhã

Descobri Francesca Giannone com “A Carteira” e fiquei fã. A escrita, a história, as personagens (memoráveis), tudo é bom naquele livro. Parti, portanto, para a leitura de “Amanhã, Amanhã” com as expectativas bastante altas.

E, a verdade é que a escrita se mantém bonita e com aquele toque charmoso dos italianos. Foi um deleite percorrer estas páginas até quase ao final. E é aqui precisamente, no final, que está o cerne da questão…

Se este livro tiver continuação, estou pronta para acompanhar Agnese e Lorenzo e a sua paixão pelo legado do avô, a fábrica de sabonetes. No entanto, se for um livro único, fico com uma sensação muito agridoce, já que o final não me satisfez. Poderá subentender-se algumas coisas, mas faltou-me tudo o resto…

Temos aqui uma história de família, centrada em dois irmãos, para quem a Casa Rizzo é tudo. Criado pelo seu avô, é o negócio de família que apaixona Agnese e Lorenzo, ainda que de maneiras diferentes. Enquanto Agnese trata de tudo o que se relaciona com a produção do sabonete, desde os aromas aos seus componentes, numa quase magia alquímica, Lorenzo é mais virado para o mercado e para as vendas, chegando a desenhar a publicidade da marca.

Um revés que veio de dentro da própria família irá desequilibrar esta estrutura e afastar os dois irmãos que pensam de maneira muito diferente, e que se reflete no seu percurso de vida a partir daí.

Gostei muito de conhecer esta família, muito bem descrita por Francesca, no entanto, como referi, o final fez esmorecer (em muito) o meu entusiasmo com o livro como um todo.

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