Mafalda Santos é um caso sério de escrita em Portugal. Porquê? Por conta da sua imaginação fora da caixa, dos meandros ficcionais em que se move e pela forma como narra a história.
Desta feita, em “Conta-me, Escuridão”, tem ainda um ponto a
favor adicional. A ideia para o livro nasceu de um desafio conjunto entre a Mafalda
e David Benasulin. Partindo de quadros conhecidos, David reinterpreta-os pelo
seu traço e Mafalda pelas suas palavras.
O resultado são 8 histórias curtas, que se movimentam nos
meandros do horror, com cenas quase claustrofóbicas, a fazer lembrar sonhos
perturbadores de onde não conseguimos sair.
Achei a ideia muito bem conseguida e concretizada. Se algo
tenho a dizer, prende-se com um gosto pessoal, que me impede de adorar tudo o
que são histórias curtas ou contos, porque fico sempre com sede de mais. No
entanto, face à premissa, julgo que todas elas têm o espaço totalmente adequado
e é incrível revisitar o quadro depois de ler a história. Está tudo lá!
Opinião mais detalhada em video:
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