Vamos a mais uma Freida McFadden? Pois é, comecei o mês de Maio com um desafio. Testar, para ver se conseguia ler um livro num dia. A escolha, dentro da minha TBR deste mês, pareceu-me obvia, já que costumo devorar os livros da Freida. Spoiler alert… consegui!
E não foi nenhum esforço, já que os livros da Freida sabem
mesmo bem ler de forma compulsiva. “Nunca Mintas” não foi excepção.
Tudo começa quando Tricia e Ethan vão visitar uma casa que
pretendem comprar. A casa é isolada e longe do rebuliço, exactamente o que procuram.
Só que não escolheram o melhor dia para a visita, já que começou a nevar muito,
prendendo-os sozinhos na casa (a senhora da imobiliária não conseguiu sequer chegar
à propriedade). Uma luz acesa no andar de cima, leva-os a pensar que há alguém em
casa, mas quando chegam lá tudo está às escuras afinal. E esta não é a única circunstância
que os faz acreditar que não estão sozinhos, já que vão acontecendo pequenos
incidentes muito estranhos… Mas a neve é soberana e nada mais lhes resta do que
ficar abrigados.
Numa tentativa de se distrair, Tricia faz uma ronda pela
biblioteca da antiga proprietária, uma famosa psiquiatra que desapareceu sem
deixar rasto, três anos antes. O que ela encontra é muito diferente de
literatura, mas igualmente interessante, as cassetes onde a médica gravou cada
uma das consultas com os seus pacientes, escondidas numa sala secreta. Tricia
não resiste à curiosidade e começa a ouvir estas cassetes. O que ela não esperava
era ficar a saber de situações que poderão ter levado ao desaparecimento da
doutora…
Este livro teve a capacidade de me pregar uma rasteira monumental.
Criei as minhas teorias, conjecturei situações, mas nunca imaginei o desenlace.
O título de um dos capítulos, (e atenção, bastou o título!), deixou-me de
queixo caído. E a partir daí começa uma montanha russo do quem é quem que me
divertiu muito!
Aprecio muito uma característica da Freida. Ela não cria
personagens estanques, todas elas têm coisas boas, mas também esqueletos no
armário. E é muito divertido perceber os elos e ver a teia crescer até que tudo
faça sentido. Aqui foi muito evidente esta construção, que gostei muito.
A conclusão é similar a outros livros da autora, thriller
viciante, com boas personagens e com um fim (mesmo na última frase) que ainda
tem qualquer coisa a dizer. Muito inteligente!
Sem comentários:
Enviar um comentário