Opinião... Freida McFadden * O Recluso

 


Freida McFadden volta a atacar!

Desta feita, transporta-nos para a vida de Brooke, uma mulher com um histórico complicado. Há 10 anos, ela esteve envolvida num incidente que lhe mudou o rumo de vida. Ela estava em casa de Shane, o seu namorado na altura, com mais quatro amigos. De repente, dois dos amigos aparecem mortos, e cada um dos restantes quatro não sabe em quem pode confiar e qual deles será o assassino, já que estão numa casa isolada, sem luz devido a uma tempestade e sem rede telefónica. Quando Brooke é atacada, embora não consiga ver, sente que é Shane e será o seu testemunho em tribunal que o irá condenar a prisão perpétua.

10 anos passaram, e os pais de Brooke morreram num acidente de automóvel. Ela regressa à terra Natal de onde tinha fugido depois dos acontecimentos trágicos, mas só encontra trabalho como enfermeira na prisão onde Shane está preso. No dia em que ele é ferido por companheiros de cela, e precisa dos cuidados de Brooke, é o dia em que as dúvidas a começam a assaltar. Até porque outro dos presentes naquele dia era o seu melhor amigo, Tim, de quem Brooke nunca suspeitou, até agora…

Este livro é incrivelmente viciante de ler. E o mais interessante é que a autora nos entrega quase todos os dados no início do livro, o que me levou a questionar o que mais estaria para vir… Mas o desenvolvimento da história está bem conseguido e o final conseguiu surpreender-me! Não foi cenário que tenha colocado como hipótese, mas faz todo o sentido.

A dada altura da leitura, coloquei todos em causa, temos aqui muitas (todas?) personagens pouco confiáveis… E é isso que dá interesse à narrativa, este jogo do gato e do rato, do é ou parece ser, que brinca com o leitor de forma inteligente, levando-o por um caminho aparentemente seguro, para de repente virar sem aviso. Gosto muito disso e é o que procuro num thriller! Isso e a capacidade de surpreender, sem cair em incoerências. Também isso foi aqui conseguido. Não sendo uma história totalmente original, este livro cumpre o seu propósito de entreter e agitar o leitor.

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