Aqui está um livro sobre o qual tenho dificuldade em formular uma opinião. Passei metade do livro a dizer que estava a gostar muito do mote, mas que o todo iria depender (em muito) do desenlace. Uma resolução para este problema, que fosse pouco credível, iria arruinar a leitura.
A verdade é que terminei o livro sem saber exactamente se
estou convencida com o dito desenlace. Mas, por outro lado, a verdade é que foi
uma leitura que me entusiasmou e me manteve sempre presa.
Falando do mote. Charlie acorda de um desmaio, na escola, no
meio das colegas. Mas percebe que não sabe quem é, nem onde está, muito menos
quem a rodeia. Com o passar dos minutos percebe que um colega, chamado Silas,
que será o seu namorado, vive a mesma realidade. O que lhes estará a acontecer?
E porquê apenas a eles?
É a busca por uma resposta a esta questão que os leva, juntos,
a tentar descobrir quem são e o que foi o seu passado. E nós, leitores, iremos
acompanhar. A cada 48 horas eles voltam a perder a memória de tudo o que
viveram até aí, e quando se começam a aperceber disso, pelas pistas que vão
encontrando, o plano passa por deixar registo de tudo o que descobriram até
então para não voltarem novamente ao início.
A escrita deste livro é muito fluída, fácil de ler. Há muita
acção e diálogos o que se traduz numa leitura rápida e descomplicada.
Como referi, o desenlace de toda esta trama era, para mim, o mais importante, e se aceitar que determinadas coisas são possíveis (no âmbito do realismo mágico, diria), então parece-me que o livro é bastante lógico e interessante. Daí as minhas dúvidas quanto a ele. Mas julgo que prefiro aceitar e aproveitar, porque a realidade é que a leitura foi muito prazerosa e estes dois, a Charlie e o Silas, conquistaram um lugarzinho especial no meu coração de leitora!
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