É tão bom quando se encontra livros originais! Laura Imai Messina tem esta incrível particularidade, todos os seus livros abordam temas únicos, começando pela cabine telefónica onde as pessoas vão falar com os entes queridos que já partiram, passando pela ilha onde são guardados os batimentos cardíacos e agora oferece-nos uma história sobre outra ilha, desta feita, onde estão guardadas as cartas cujos destinatários não têm morada.
Pois é, muitas pessoas sentem necessidade de escrever a
pessoas ou objectos (ou até situações), mas não têm para onde enviar as suas
cartas. Esta ilha recebe-as e guarda-as!
Imaginem uma criança saudosa de um brinquedo perdido, ou uma
pessoa que se lembra da sua primeira casa, local onde foi feliz. Todas estas
cartas são recebidas no Posto de Correios à Deriva, na ilha de Awashima, no
Japão.
Risa é a nossa protagonista e perdeu cedo a sua mãe. E cedo
foi obrigada a crescer, ainda que tenha tido sempre o amor do seu pai, carteiro
de profissão. Agora Risa viaja para Awashima, para catalogar todas aquelas
cartas. Ela tem também outro objectivo, que apenas vamos descobrindo ao longo
da leitura…
Gosto muito da forma com Laura escreve e nos conta as histórias.
Contudo, neste livro, senti-a mais japonesa que italiana. Quero com isto dizer
que os livros anteriores da autora tinham uma garra diferente, que me fez gostar
um bocadinho mais deles. De qualquer forma, e comparações à parte, adorei esta
leitura e Laura Imai Messina é, sem dúvida, uma autora de quem quero ler tudo o
que escrever!
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