Não nos deixemos iludir pelo tamanho de um livro. “Leme” não precisou de muitas páginas para se revelar um verdadeiro murro no estômago.
Foi uma leitura para a qual parti sem saber nada, nem
opiniões, nem sequer a temática, e que me apanhou desprevenida, confesso.
Contado na primeira pessoa, relata-nos uma vida difícil e
mostra-nos o quanto o ambiente familiar do lar de cada pessoa afecta o seu
crescimento, os seus comportamentos e o seu percurso de vida.
Terminei o livro com a sensação de que se trata de um relato
autobiográfico, mas não sei se o é. De qualquer maneira, a forma como está escrito
leva-me a essa sensação, devido à proximidade com a experiência, muito bem
feita! E, por isso mesmo, se torna tão intenso, o seu impacto.
Não me querendo alongar sobre a temática, digo apenas que é
um tema demasiado actual (ainda e infelizmente) e Madalena Sá Fernandes conta-nos
tudo de uma forma muito nua, mas igualmente inteligente, como um desfiar de
memórias, nem sempre cronológicas, que me doeram ler, mas que, ainda assim, me fizeram
gostar tanto desta leitura!
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