Será que o que nos faz viver de uma forma leve e despreocupada é o facto de não sabermos quando nem como vamos morrer?
E, se de repente, soubéssemos? Como iriamos reagir?
Este é o mote de “A Qualquer Momento”. Numa determinada
viagem de avião, a meio do voo, uma senhora de idade indefinida levanta-se do
seu lugar e vai percorrendo o avião indicando a cada um dos outros passageiros
a data da sua morte e a causa da mesma.
As reacções são diversas, se alguns se riem e levam o
assunto como uma piada, há quem ache pouca graça e fique muito assustado. De
qualquer forma, de uma maneira ou de outra, quando aterram, tentam deitar o
assunto para trás das costas e seguir com as suas vidas. Até ao dia em que a
primeira morte se concretiza… Ainda assim poderia ser uma coincidência, todos
os dias morrem pessoas, mas quando a segunda e terceira ocorrem, uma espécie de
pânico geral percorre todos os envolvidos que começam a repensar as suas atitudes
e a tentar contornar a “sua causa de morte”. Será ela contornável?
Pensei inicialmente que se tratava de um thriller, no
entanto, temos antes aqui um romance, que explora esta vertente humana face à
morte, de forma muito inteligente.
Embora não tivesse achado o final ao mesmo nível que todo o
livro, gostei bastante de o ler, tendo-me feito reflectir sobre este assunto. É
bom quando um livro levanta questões que são presença no nosso dia-a-dia, mas
que raramente paramos para pensar sobre elas.
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