Ler “Da Janela Vejo o Sandokan” foi uma experiência de
leitura diferente das que costumo fazer. Trata-se de um livro de short stories,
que representaram para mim uma pausa no dia-a-dia, como aquele momento em que
paramos para beber um café.
Por falar em café, esta bebida é uma presença marcante neste
livro, bastante associada à janela que dá título ao livro, já que permite os
momentos de reflexão e (até) divagação que resultam nestas pequenas histórias.
Há aqui um pouco de tudo, muitas memórias, saúde mental,
momentos divertidos ou recordações de viagens. Imagino a autora na sua rotina
diária a deparar-se com uma determinada situação que servirá como gatilho para
algo que precisa de contar.
Temos muito em poucas páginas, porque temos o importante.
Mensagens que a Rosária quis transmitir através das suas bonitas palavras,
porque escreve realmente de forma bonita e cuidada, sem ser em demasia. Eu li o
livro todo de seguida, mas é um livro que pode perfeitamente estar algures pela
casa, e sempre que nos cruzarmos com ele, ler uma passagem. A tal pausa tantas
vezes necessária!
Gostei particularmente da história “Palpitite”, que, pelo
título, me indiciou uma coisa, mas que me levou por um caminho diferente do
esperado e, no entanto, que gostei tanto! A leitura deste livro representou
sempre uma pausa muito apreciada, obviamente que gostei mais (e me revi mais) numas
histórias do que noutras, o que me parece perfeitamente normal, já que todos
temos a nossa própria experiência que se reflete na forma como lemos.
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