“O Grande Armazém dos Sonhos” pauta-se pela originalidade!
Original na temática que aborda, mas também original na
forma como a conta. Falando na forma, confesso que a mesma me causou uma
estranheza inicial, que me obrigou a reler algumas partes, porque me senti meio
perdida na narrativa. Mas assim que entendi que a explicação vem depois, tudo
se tornou mais claro. Ainda assim, se algo tenho a apontar a este livro, prende-se
com este ponto, senti que não foi uma leitura fluída, tendo requerido uma
atenção extra da minha parte. De qualquer forma, valeu totalmente este esforço!
A autora, Miye Lee, coreana, deu por si a pensar que os
seres humanos passam um terço da vida a dormir. Aparentemente algo sem sentido,
já que tirando o descanso, nada mais é retirado de um tempo do qual não temos sequer
consciência. E quis desbravar este território, usando para isso os sonhos.
Assim, neste livro vamos viver numa cidade que existe apenas
nos sonhos. Ela tem habitantes locais, que trabalham lá e tem os visitantes,
todos aqueles que ao dormir, procuram sonhar. Emily é uma das residentes, que
acabou de conseguir emprego no Grande Armazém dos Sonhos, a mais famosa loja de
venda deste produto, constituída por 7 pisos, cada um deles dedicado a um tipo
diferente de sonhos. Para Emily tudo será uma novidade e uma descoberta. Será
igualmente para nós, leitores, que a acompanhamos.
O livro levanta questões muito pertinentes que fazem pensar. A forma como introduz pensamentos mais elaborados e mensagens mais complexas no meio da narrativa está muito bem conseguido e o toque de Tim Burton que encontrei ao longo de toda a narrativa deu-lhe, sem dúvida, outro encanto! Aliás, este livro daria, certamente, um excelente filme!
1 comentário:
Vim ler a tua opinião para ganhar força para continuar , está a ser uma leitura difícil , ando meio perdida . Vou continuar ! Obg
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