Esta é a terceira viagem que faço com Rita da Nova, ainda que tenha sido o primeiro livro que a autora publicou. E veio reforçar a minha opinião sobre a sua escrita, a Rita sabe contar uma história, de forma cativante e com impacto imediato.
Em “As Coisas Que Faltam” apresenta-nos Ana Luís, uma jovem
mulher marcada pela vida. Desde sempre viveu com a mãe, que nunca lhe deixou
faltar nada, mas que, no entanto, nunca lhe deu carinho. Não conhece o pai e, cada
vez que perguntou por ele, a conversa foi de imediato interrompida. Há ainda o
padrasto Fernando, que sempre a tratou bem, mas que nunca conseguiu substituir
a ausência paterna.
Ao longo da narrativa, que se vai desenrolando em momentos
diferentes da vida de Ana Luís, vamos percebendo quem é esta mãe, bem como o
quanto a vida a moldou a ser o que é. No fundo, percebemos o que é esta forma
de amor baseada no sofrimento, que acaba por se repetir em movimentos cíclicos.
Trata-se de uma história sofrida, bastante dura, contada com
uma delicadeza bonita, sem entrar em sentimentalismos. Ana Luís é alguém com
quem é fácil o leitor se identificar, já que vive tudo à flor da pele, os
sentimentos são claros e genuínos, o que me fez gostar muito dela.
Rita da Nova é, sem dúvida, uma autora que vou continuar a
acompanhar, com livros de temáticas tão diferentes, mas todos eles tão bem escritos
e cativantes.
Opinião mais detalhada em vídeo:
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