Joël Dicker aventura-se aqui com um registo completamente diferente daquele a que nos habituou. O autor explica, no final do livro, que sente que cada vez mais as pessoas estão afastadas umas das outras, principalmente entre gerações e procurou criar uma história que fosse interessante para todas as idades.
E conseguiu!
Contado na primeira pessoa, pela voz de uma menina que frequenta uma escola para crianças especiais, iremos perceber que série de catástrofes ocorreram, em sequência e que culminaram na catastrófica visita ao zoo que dá título ao livro.
Fazendo lembrar o efeito borboleta, o autor utilizou este registo com algum humor associado, para lançar várias temáticas: inclusão, relações entre pais e filhos ou até política. Desta forma, permite a cada idade que o leio interpretar de acordo com as suas capacidades e cria, em simultâneo, um bom ponto de partida para discussões sobre os temas.
Um livro simples mas bem conseguido, com uma escrita acessível e ainda assim, com bom conteúdo. Parece-me que, seja o que for a que se proponha escrever, Joël Dicker consegue sempre cumprir o seu objectivo!
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