Opinião... Charles Dickens * Contos de Natal

Data Início: 27-12-2015
Data Fim: 31-12-2015

AutorCharles Dickens
Título: Contos de Natal
Editora: Civilização
ISBN: 9789722634663
N. Páginas: 261

Sinopse:
A Civilização Editora compilou nesta edição três dos cinco contos natalícios que Charles Dickens escreveu entre 1843 e 1848: Cântico de Natal, Os Carrilhões e O Grilo da Lareira.

Comentário:
Assim que terminei a leitura do primeiro conto "Cântico de Natal", escrevi o meu comentário a este conto antes de ler os restantes. Entretanto a minha opinião mudou um pouco, mas para não se perder o meu primeiro impacto com a escrita de Charles Dickens, vou manter o que escrevi:

Esta foi a minha primeira incursão na literatura de Charles Dickens (sem contar com adaptações em livros infanto-juvenis como David Copperfield) e uma vez mais fiquei surpreendida com a escrita e com a história.
Cada vez mais estou rendida aos clássicos, que nada têm de maçudos e trazem histórias com um conteúdo mais profundo que muitos livros recentes e que deixam o leitor a pensar.

Foi o caso deste conto. Partindo de um princípio muito interessante, Charles Dickens consegue transmitir uma mensagem muito apropriada à quadra natalícia.
Scrooge é um homem avarento e solitário, que não quer saber de ninguém para além dele próprio. Até ao dia em que o seu antigo sócio Marley, falecido sete anos antes, lhe aparece na noite de Natal para lhe "abrir os olhos". É então que Scrooge é visitado por 3 espíritos, o do Natal passado, o do Natal presente e o do Natal futuro.
Cada um deles irá levar Scrooge numa viagem ao seu tempo, onde este avaro homem irá ver as repercussões das suas atitudes em todos os que estão à sua volta, o que pensam de si, e a forma como terminará se nada mudar.
Estas viagens vão ter um efeito profundo na sua alma, fazendo-o rever prioridades e valores.

De facto, todos os nossos actos condicionam as atitudes dos outros em relação a nós e muitas vezes fechamo-nos no nosso mundo e não percebemos de que forma estamos a afectar negativamente os que nos rodeiam.  Scrooge é claramente um extremo em termos de comportamento (embora seja perfeitamente real) mas não é preciso chegar a esse extremo para pararmos e reflectirmos sobre o assunto.
Afinal, um bater de asa de uma borboleta de um lado do mundo pode provocar um tornado do outro lado do globo...

E esta foi a minha opinião relativamente ao primeiro conto. O mesmo não posso dizer do seguinte. Não sei se foi porque o espirito natalício já tinha passado, se o conto é realmente diferente, mas não me disse nada e chego até ao ponto de dizer que não entendi a mensagem (se calhar por isso é que não me disse nada...). Não vou ler o terceiro conto para já, porque não quero "estragar" o que o primeiro conto me deu. Para o ano, no Natal, volto a tentar. Até lá, retenho apenas o "Cântico de Natal".

Classificação: 7/10

2 comentários:

Dulce disse...

Olá Maria João
Eu no final de 2014 também li este livro e gostei muito.
Vou lendo os clássicos entrecalando com outros e estou a gostar de preencher esta lacuna.
Bjs

Maria João disse...

Olá Dulce,

eu estou agora a repor a minha falha literária, lendo clássicos. E têm sido uma excelente surpresa!

Boas leituras e bom ano.