Fui enganada! Até ao momento em que escrevo esta opinião, acreditei piamente que Vidal Balaguer existiu! Um comentário nas redes sociais fez-me levantar a suspeita que poderia ser ficção e uma busca na internet não me esclareceu totalmente. Que teia bem urdida! Palmas para o brilhantismo de Zidrou!
“Naturezas Mortas” apresentou-me, então Vidal Balaguer, um
pintor espanhol de quem se sabe a data de nascimento, mas não a de morte, sendo
a sua vida revestida de uma certa aura de mistério que foi captada de forma
brilhante por Zidrou e Oriol.
Através de um traço algo diferente, mas que me pareceu
totalmente adequado ao tema, numa aproximação à pintura do próprio artista,
vamos desbravando a sua vida e a peculiaridade por detrás daquilo que pinta.
O final é brilhante, a construção da narrativa igualmente,
ao jeito do que Zidrou já nos habituou. É um livro que se lê e desfruta
relativamente rápido, mas que depois fica a viver na cabeça do leitor, em
background.
No final da história, temos um dossier que complementa a
informação fornecida pelo desenho de Oriol e a escrita de Zidrou e que mais
complementa esta ideia de que Vidal foi uma personalidade real.
Gostei muito deste livro, ainda que num género completamente diferente de outros “Zidrous” que li. A parceria com Oriol é uma aposta ganha e perfeita para contar esta história. Deixem-se enganar, garanto-vos que vale a pena!
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