7 de março – Dia de Luto nacional pelas vítimas de violência doméstica

Hoje escrevo um post diferente.
Porque acredito que a literatura não é só entretenimento. É também um excelente veículo para fazer passar uma mensagem e despertar consciências.

Hoje, dia 07 de Março, é dia de luto nacional pelas vítimas de violência doméstica. É muito triste ser necessário um dia de luto por um motivo destes. Por causa de um flagelo social que só depende de cada ser humano erradicar. 

Os números poderiam parecer ficção, mas são a triste realidade: "entre 2013 e 2017, a APAV registou um total de 36.528 processos de apoio a pessoas vítimas de Violência Doméstica. Estes valores traduziram-se num total de 87.730 factos criminosos." (informação recolhida no site da APAV). 

Este ano li um livro de Carla Maia de Almeida sobre o tema (opinião aqui), com relatos de mulheres que sofreram inúmeras agressões e o sentimento de impotência é enorme. 

Porque este é um assunto que me incomoda, procuro ler mais sobre ele e falar sobre o mesmo. Porque as vitimas não se podem esconder atrás da vergonha. Vergonhoso é quem se aproveita da suposta superioridade física ou intelectual para agredir o próximo!

A propósito deste tema, comecei hoje a ler o livro de Robin Norwood "Mulheres que Amam de Mais" e não podia deixar de partilhar aqui um pouco deste livro


"Quando estar apaixonada significa sofrer, amamos de mais. Quando grande parte daquilo que dizemos às nossas amigas íntimas é sobre ele, sobre os problemas dele, aquilo que pensa, o que sente - e quase todas as nossas frases começam com um "ele..." -, amamos de mais.
Quando lhe desculpamos a melancolia, o mau humor, a indiferença ou o desprezo como problemas devidos a uma infância infeliz, e quando tentamos tornar-nos suas terapeutas, estamos a amar de mais.
...
Quando não gostamos de muitas das suas facetas, valores e atitudes básicos, mas toleramo-los pacientemente por achar que se ao menos estivermos atraentes e simpáticas, ele haverá de mudar por nós, estamos a amar de mais.
Quando a relação põe em risco o nosso bem-estar emocional, e talvez até a nossa saúde e a nossa segurança física, estamos definitivamente a amar de mais. Apesar de todas as dores e da insatisfação, amar de mais é uma experiência tão banal para tantas mulheres que quase acreditamos que é assim que as relações intímas devem ser..."

Mas não é! Amar é respeitar! Sempre e com todos. Se amamos queremos bem, e quem quer bem não magoa! 
Amemos sim, mas não de mais!


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