Tendo que escolher um, optei por ir ao lançamento do novo livro de Valter Hugo Mãe, "Homens Imprudentemente Poéticos" inserido nas comemorações dos seus 20 anos de carreira. O evento ocorreu no belíssimo Teatro São Luiz.
Iniciou-se com uma conversa entre o escritor e a jornalista Teresa Sampaio, que conduziu a conversa, nesta primeira parte para a vida e carreira do autor. Valter Hugo Mãe partilhou, com as muitas pessoas que estavam a assistir, a retrospectiva dos seus 20 anos de carreira, a forma como sente que este é o início de mais qualquer coisa. Confidenciou-nos como o livro "Filho de Mil Homens" foi uma resposta pessoal para a sua insatisfação com os seus 40 anos. Falou sobre literatura no geral, sobre a busca de um escritor para que a sua obra esteja completa.
De seguida houve uma pausa na conversa, para um momento musical, a cargo de Ana Bacalhau e Márcia. Um momento muito bonito!
Segui-se a leitura de um trecho do livro, por Pedro Lamares, que tornou a escrita de Valter Hugo Mãe, já de si tão bela, ainda mais bela!
Finda a leitura, tivemos oportunidade de visualizar o trailer do documentário "O Sentido da Vida" do realizador Miguel Gonçalves Mendes, do qual Valter Hugo Mãe faz parte. A sua viagem ao Japão, que dá o mote ao livro, é aqui documentada e, para mim que já li o livro, foi um reviver de emoções. Gostei muito!
A conversa com Teresa Sampaio foi retomada, desta vez focada no novo livro de Valter. Falou da sua experiência na viagem ao Japão, a visita à floresta Aokigahara, no Monte Fuji, conhecida como floresta dos suicidas. A forma como esta visita o marcou e incomodou. Falou sobre a visita a um velho homem que ainda faz leques tradicionais japoneses manualmente e da sua odisseia com a tradutora que nada traduziu, deslumbrada com o dito senhor. Falou do título do livro, que seria outro caso Paul Auster não tivesse já tido a mesma ideia - "A Arte da Fome".
Muito mais foi dito, mas este foi um resumo do que hoje se passou neste lançamento.
Em seguida fomos para o Jardim de Inverno do Teatro onde iria decorrer a sessão de autógrafos. Uma fila imensa de pessoas com vontade de conhecer pessoalmente o autor, dar dois dedos de conversa e recolher o seu autografo. Eu não fui excepção, e após uma longa espera, consegui o meu propósito. Um autor extremamente simpático, disponível (qb mediante a enorme fila... é compreensível).
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