Opinião... Lily King * O Pai da Chuva

Data Início: 03-11-2013 

Data Fim: 10-11-2013

AutorLily King
Título: O Pai da Chuva
Editora: Guerra & Paz
ISBN: 9789897020292
N. Páginas: 352

Sinopse:
PODERÁ O PROFUNDO AMOR DE UMA FILHA PELO PAI SER MAIS FORTE DO QUE TUDO?
América, anos 60. Numa pequena cidade, a também pequena Daley passou a infância a tentar conciliar dois mundosem conflito: o da mãe, uma mulher liberal e socialmente comprometida, e o do pai, Gardiner Amory, um homem conservador e decadente, com os dias marcados pelo álcool.
Quando a mãe decide separar-se, os impulsos primários e a raiva de Gardiner revelam-se. O abismo aumenta e Daley, com apenas onze anos, está no meio dele, em cima de uma fina corda, num equilíbrio difícil. Obrigada a escolher entre o amor profundo pelo pai e a própria sobrevivência, Daley cresce e consegue criar a sua própria vida, em tudo diferente da de Gardiner - até ao dia em que ele bate no fundo. Empurrada para o universo caótico e manipulativo dos adultos, Daley decide tentar salvá-lo e reconstruir o laço primordial que os unia, arriscando mesmo perder tudo o que conquistou para além dele - incluindo o seu novo amor, Jonathan, que representa tanto do que Gardiner diz odiar, e que deu a Daley tanto do que Gardiner jamais lhe poderia oferecer.

Comentário:
Estamos perante um livro com um tema forte. A relação problemática de um pai com a sua filha, desde sempre e ainda mais quando os pais se separam.
O livro divide-se em três partes: uma primeira, que se inícia quando Daley tem 11 anos e a sua mãe abandona o seu pai levando consigo a filha, a segunda, quando Daley é já adulta e a iniciar a sua vida profissional depois da faculdade e as opções que se vê obrigada a tomar e, por útimo, Daley já casada e mãe de dois filhos, a tentar ainda redimir o passado.

Não gostei particularmente da primeira parte do livro, achei que os pensamentos e atitudes quer de Daley quer dos personagens que a acompanham não se adequam a uma criança de 11 anos e, como já referi em comentários a outros livros, não gosto de ler livros onde se usa e abusa do vocabulário vernáculo. E este é mais um dos casos. Não achei os diálogos enquadrados e não me agarrou por aí além.
Com a segunda parte do livro, apesar de ser a mesma história, começa uma fase da mesma que eu gostei muito mais, onde Daley se vê confrontada com um pai que, apesar de estar ausente na sua infância e adolescência, precisa agora muito dela, para se libertar da sua dependência do alcool. Os esforços e privações de Daley surtirão efeitos? Conseguirá o pai superar a doença e recuperar a relação com a filha?
A parte final do livro também é interessante, e não me vou alongar mais para não estragar a leitura a quem pretender ler este livro.

Porque no cômputo geral, considero um livro bastante interessante!

Classificação: 7/10

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