Opinião... Amores Contados * Vencedores do concurso "Amores Contados" da Alfarroba

Data Início: 25-10-2013 

Data Fim: 25-10-2013

AutorAna Ferreira, Cristina Milho, Francisco Vilaça Lopes, Jorge Campião e Rosa Bicho Gonçalves
Título: Amores Contados
Editora: Alfarroba
ISBN: 9789898455697
N. Páginas: 24

Sinopse:
Em 2013 a Alfarroba lançou o concurso “Amores Contados”. Cerca de 250 histórias depois, foram selecionados os cinco contos que hoje reunimos nestas folhas.
Neles encontramos histórias de amor em fotografias, em viagens, num café, até na matemática ou numa carta. São as histórias que nos fazem lembrar, sonhar, suspirar ou sorrir. Histórias de sentir; são amores que devem ser contados.

Comentário:
Antes de mais gostaria de congratular a editora Alfarroba por esta excelente iniciativa de incentivo à escrita e divulgação de escritores nacionais. Tratou-se de um desafio lançado pela editora no final de 2012, ao qual responderam 250 pessoas. Os cinco contos considerados os melhores de entre os 250 fazem agora este livro.

São 5 contos totalmente diferentes, sob o mesmo mote - contar o amor. São 5 formas de escrita diferentes, cada um com a sua particularidade. Por isso mesmo, gostei mais de uns que de outros. 
Destacaria o último, de Rosa Bicho Gonçalves, pela sua simplicidade e, ao mesmo tempo, força! É um amor profundo, que ultrapassa a barreira física e nos deixa com um arrepio na espinha. Gostei muito também do conto de Jorge Campião, de quem já tinha lido o livro "Sob o Céu de Paris" (comentário aqui). É um conto interessante, um desengano que faz o caminho das suas personagens se entrecruzar e o modifica irremediavelmente.
Os outros 3 contos, não os achei tão interessantes, mais pela forma como estão escritos do que propriamente pelas ideias, pois essas achei-as sugestivas, nomeadamente a da relação entre avó e neta. Todas as formas de amor devem ser contadas!

Classificação: 6/10

3 comentários:

Adeselna Davies disse...

Olá, João

gostaria de saber o que achou do conto "Uma questão matemática" :) Como autora, todas as opiniões são importantes para crescemos, sejam elas negativas ou positivas! :)

Abraços
Ana Ferreira

Maria João disse...

Olá Ana,

de facto o seu conto não foi dos que mais gostei neste livro. Não querendo ser puritana, não me agrada ler (livros e neste caso, contos) onde a linguagem é demasiado vernácula e a vertente sexual demasiado explorada e evidente. Achei os inícios de cada capítulo muito interessantes, com as questões matemáticas (aliás, a última ainda me intriga...).

Não sei se a Ana tem mais algum livro publicado, se sim ainda não tive oportunidade de os ler. E não sei se são na mesma linha deste conto ou não. Não acho que se consiga apreciar um escritor lendo apenas um único conto.
De qualquer forma, e apesar de tudo o que disse atrás, gostaria de salientar que acho a sua escrita fluída e fácil de ler.

Um beijinho
Maria João

Adeselna Davies disse...

Escrevi mais coisas sim, não um livro porque julguei que fosse melhor começar a escrever contos para aprender algumas coisas e depois dedicar-me à narrativa mais longa.
No Fantasy & co tenho cinco contos publicados:
http://fantasyandco.wordpress.com/indice-de-contos/

“O que não cura – satisfaz (temperança)” – distopia
“O documento (humildade)” – fantasia
“Máquinas infernais vindas do céu”: steampunk
“Pintar os franceses de carmim” – historia alternativa/ steampunk
“Estufado de miolos” – Receitas fantásticas: boa pergunta em relação a que género é este!

Publiquei ainda um conto na Antologia de Fantasia e Ficçã Científica da Fénix:
https://www.smashwords.com/books/view/306137 (o meu conto é dos últimos a aparecer - Procura-se homem para satisfazer dona de casa) é uma sátira aos livros eróticos contemporâneos

De resto tenho mais uns (um enviei para o novo concurso da Alfarroba e outro ainda não sei o que fazer com ele, mas está no Google Docs, se quiser posso reeinviar por e-mail foi publicado numa antologia que um fórum sobre livros fez e o meu tema era identidade.

Também estou a screver um livro de fantasia urbana passada em Gaia e um livro de contos (ainda não sei o que fazer com eles os dois, especialmente o de contos que é um bocado alternativo)

Isto para dizer que nem sempre escrevo coisas/contos com asneiras, mas tendo em conta que o que quis para o conto da Alfarroba foi realismo (e há muita malta aqui do Norte que quando está chateada consegue construir frases perfeitas só com asneiras). Mas bem tem ali muitos contos :)

Agradecia (eu e os autores do Fantasy, claro) uma opinião. Talvez haja um estilo que devemos apostar :) Mas confesso que nunca pensei que tantas pessoas dissessem mal do conto por causa das asneiras (pensei que todos iam se calhar criticar as personagens, principalmente a mulher, ou o tom um bocado escuro da história que vai numa direcção oposta dos erótico contemporâneos). Mas as críticas fizeram-me pensar porque é que as pessoas davam tanta atenção a isso. Até porque muitos livros ingleses, usam imensas asneiras (cunt, cock, fuck) só que os tradutores portugueses suavizam e retiram as asneiras :) Se calhar é mesmo isso. Se calhar muitos leitores não estão habituados devido à constante suavizade com que traduzem muitos livros :) Ou então é uma questão de hábito hmmm dava um artigo académico interessante ^^