International Standard Book Number
O ISBN (International Standard Book Number) é uma notável história de sucesso desde o seu arranque, em 1968, como Standard Book Number (Número Padrão do Livro), no Reino
Unido. No prazo de um ano, o SBN transformou-se no ISBN, e o seu comprimento estendeu-se de nove para dez dígitos. Ratificado em 1970 pela ISO, como norma internacional (a 2108), a coordenação internacional do sistema ISBN pertence à Agência Internacional em Berlim, uma unidade no seio da Bibioteca Estadual de Berlim. Actualmente, 166 países são membros do sistema ISBN.
O sucesso do ISBN, a par do desenvolvimento e popularidade das publicações electrónicas, originou preocupações sobre a capacidade do ISBN actual, na sua forma de 10 dígitos. Decidiu-se rever a norma, usando a versão EAN Bookland do número como a nova sequência
identificadora de 13 dígitos, de forma a assegurar a capacidade do ISBN no médio prazo.
Historial
A questão da necessidade, e praticabilidade, de um sistema internacional de numeração para os livros foi discutida pela primeira vez na 3ª Conferência Internacional de Investigação no Mercado do Livro e Racionalização no Comércio Livreiro, em Berlim, em Novembro de 1966.
Por essa altura, um certo número de editores e distribuidores de livros europeus pretendia utilizar computadores nas vendas e controlo dos inventários, sendo evidente que o pré-requisito para um sistema automatizado eficiente seria um único e simples número de identificação, por cada publicação.
O sistema que viria a preencher estes requisitos, o International Standard Book Number (ISBN) foi desenvolvido a partir do sistema de numeração do livro introduzido no Reino Unido em 1967, por J Whitaker & Sons, e nos Estados Unidos em 1969, por R. R. Bowker.
Vantagens do ISBN
O ISBN permite a compilação e actualização dos catálogos do comércio livreiro e das bases de dados bibliográficas, tais como os catálogos de livros impressos. A informação sobre os livros disponíveis pode ser encontrada com facilidade.
Encomendar e distribuir livros são tarefas executáveis com base no ISBN, um método eficiente e rápido.
O ISBN é legível pelas máquinas através do código de máquinas EAN.UCC, de 13 dígitos: é um processo rápido e evita erros.
O ISBN é necessário para a execução dos sistemas electrónicos de pontos de venda, nas livrarias.
A gestão de direitos é executada, sobretudo, com base no ISBN.
A acumulação de dados sobre as vendas é levada a cabo através do ISBN. Isto possibilita a monitorização do sucesso dos diversos produtos, formatos e edições, bem como a possibilidade de estabelecer comparações sobre diversas áreas temáticas e até diferentes editoras.
A legislação nacional sobre bibliotecas e empréstimos, nalguns países, tem por base o ISBN.
Estrutura do ISBN
A partir do dia 1 de Janeiro de 2007, as agências nacionais do ISBN pasaram a fornecer apenas ISBN de 13 dígitos, compostos pelos seguintes elementos:
· O prefixo (1)
· O identificador do grupo de registo (2)
· O identificador do registante (o editor) (3)
· O elemento de edição (4)
· O dígito de controlo (5)
Quando impresso, o ISBN é sempre precedido das letras “ISBN”.
(1) O primeiro elemento do ISBN é um número de três dígitos, disponibilizado pelo EAN internacional. Os prefixos já postos à disposição são o 978 e o 979, mas poderá ocorrer futura atribuição de prefixos, se for necessária para assegurar a capacidade do sistema ISBN.
(2) O segundo elemento do ISBN identifica o país, a região geográfica ou a área linguística participante no sistema ISBN
(3) O terceiro elemento do ISBN identifica um editor em particular, ou uma impressão no âmbito de um grupo de registo em particular. O comprimento deste elemento varia na directa relação da antecipação do número de títulos de um dado editor, e pode compreender até 7 dígitos. Os editores com o maior número de títulos esperados recebem os menores ISBN, e vice-versa.
(4) O quarto elemento do ISBN identifica uma edição específica, efectuada por um editor em particular. O comprimento deste elemento varia na relação directa do número de edições que se calcula seja a capacidade do editor, e pode ir até 6 dígitos. Os editores com maior número
esperado de títulos, recebem os elementos de publicação maiores, e vice-versa. Para assegurar que se mantém o comprimento correcto do ISBN , os dígitos em branco são representados por zeros.
(5) O quinto elemento do ISBN é o dígito de controlo
O ISBN em código de barras
A expansão mundial rápida do código de barras trouxe proeminência ao acordo entre o EAN Internacional, o Uniform Code Council (UCC) e as Agências Internacionais do ISBN e do ISMN, o que permitire que o ISBN seja codificado como um código de barras EAN de 13 dígitos. Isto torna o ISBN um identificador internacional compatível com o sistema mundial do código de barras.
Fonte: Manual do Utilizador de ISBN extraído da página da APEL
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