Descobri este livro no Festival de Banda Desenhada da Amadora deste ano, uma vez que era um dos livros representados nas exposições. E foi, sem dúvida, uma mais valia, antes da sua leitura. Porquê? Porque o livro tem várias páginas cujo desenho foi bordado, e embora sejam belíssimos, não transmitem tudo o que na verdade a obra é. Os originais estavam expostos e eram magníficos (alías, foi a minha exposição preferida deste ano!).
Bea Lema recorreu a esta arte para contar uma história pesada, relacionada com saúde mental da sua própria mãe. Ela viveu num ambiente diferente desde cedo, com as inúmeras crises que a mãe viveu e, ela, obviamente também. Recorrendo a inúmeras entidades (até exorcismos!), de tudo fizeram para que melhorasse, sem grandes sucessos.
É este dia a dia que vamos encontrar retratado nesta novela gráfica que se pauta pela originalidade na forma de desenhar. O traço é bastante simples, quando desenhado, mas tem a capacidade de transmitir todas as emoções pretendidas.
Gostei muito da história, da abordagem (sem dramatismos), do uso dos bordados (também eles diferenciados, consoante o momento da narrativa que representam) e das cores. Uma novela gráfica marcante!
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