“Suicidas” é o mais recente lançamento de Raphael Montes em Portugal, mas, na verdade, foi o seu primeiro livro editado. E percebe-se, quando comparado com os restantes livros do autor, que, de facto, foi o primeiro. Mas uma coisa é certa, aquele génio criativo tão característico de Raphael Montes já lá está!
Não conheço outro autor que tenha a capacidade de agarrar um
leitor para leituras tão macabras e perturbadoras.
Desta vez temos um suicídio colectivo. Quando iniciamos o
livro, este duro acontecimento já ocorreu há cerca de um ano, mas ainda não há
nenhuma explicação para o mesmo. A investigação decide então juntar todas as
mães dos jovens que participaram nesta roleta russa alterada, porque existe um
livro que relata a maior parte dos acontecimentos, escrito pela mão de um dos
jovens suicidas.
Entre capítulos intercalados, com a leitura do livro, a
reação das mães e viagens ao passado, o leitor vai também acompanhando o
desbravar dos acontecimentos até ao juízo final…
Gostei bastante deste enredo, da dinâmica das três partes
distintas. O que achei menos bem conseguido foi a conclusão, que me pareceu
bastante óbvia, quase desde início. Ainda assim, foi uma leitura que gostei
muito, que me deixou com os nervos à flor da pele, como se quer num thriller.
E o final, mesmo o final (último parágrafo) faz antever tudo
o que ainda aí vem…
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