Confesso, ler Stephen King causa-me receio… Não consigo evitar ir a medo para um livro seu. E este “Carrie” estava talvez no topo dos mais temidos. Afinal sem razão! Embora seja um livro difícil, com uma temática dura, não me provocou insónias!
Publicado em 1974, celebra agora 50 anos… É obra! Não posso
deixar de falar sobre esta edição tão bonita, como também não posso deixar de
mencionar que embora tenha adorado ler as palavras de Margaret Atwood no
prefácio, apanhei uma série de spoilers… É certo que tive 50 anos para conhecer
a história, mas a realidade é que não a conhecia e preferia tê-lo lido como
posfácio. Fica o alerta para quem ainda não leu.
Carrie é uma menina que nunca teve uma vida feliz. Primeiro
às mãos da mãe, depois dos colegas, foi eternamente mal-tratada e vítima de bullying.
É também desde cedo que percebe que a força da sua mente é poderosa…
Carrie irá crescer, sempre neste ambiente, sempre alvo de chacota,
sempre mal-amada pela sua própria mãe e, no seu interior, a revolta vai
crescendo e crescendo até se tornar intolerável e o pior acontecer! E quando
acontece tudo é catastrófico e incontrolável!
A escrita de King é muito peculiar, cheia de apartes que tornam
o ritmo de leitura diferente, mas não menos interessante. É um livro pesado,
mas de leitura viciante. E fez-me pensar o quanto foi corajoso, pelos temas que
abordou (e pela forma como o fez), há 50 anos, quando as mentalidades e liberdades
eram outras! Não será por acaso que resistiu até aos dias de hoje, continuando
a conquistar leitores e, inclusive, com adaptações para filmes.
Pela minha parte, dispenso ver o filme, parece-me que
visualmente esta história será demasiado para mim, mas quanto ao livro foi uma
bela surpresa. A partir de dada altura, dei por mim a lê-lo freneticamente e a
não querer parar enquanto não cheguei à última página. O que, basicamente, diz
tudo!
Já li alguma coisa do autor, mas ainda não os clássicos de terror que são a sua especialidade.. Este, particularmente, quero muito ler nos próximos tempos!
ResponderEliminarNão Digas Nada a Ninguém