A sinopse deste thriller espicaçou, de imediato, a minha curiosidade.
Ora vejam: temos uma família ensombrada pelo luto de uma filha que, passados
alguns anos, decide acolher uma estudante de intercâmbio, vinda de Londres para
a América.
Esta aluna, Tanya, tem semelhanças incríveis com a falecida
Anabel, o que provoca na mãe enlutada uma sensação de quase substituição,
enquanto nos restantes irmãos, Paige e Will, levanta muitas questões quanto às
origens e intenções de Tanya. Estas dúvidas vão sendo reforçadas, perante acções
inesperadas daquela estudante.
Quem é, na verdade Tanya? O que pretende ela desta família?
É o que iremos descobrir ao longo da leitura. E vamos igualmente perceber que
não há inocentes neste livro, todas as personagens têm os seus esqueletos no
armário, todos querem, de alguma forma, ocultar algo dos restantes. É isso que faz
com que tenhamos aqui um verdadeiro jogo do gato e do rato!
Uma característica que achei muito interessante neste livro,
foi o espaço que a autora deu a cada personagem. Geralmente, neste género literário,
pela forma compulsiva como se procura a leitura, acabamos por conhecer cada
personagem de forma rasa. Tal não aconteceu aqui e apreciei muito este factor.
A contrapartida dele é que foi mais fácil antecipar o final,
quebrando um pouco o efeito surpresa, já que a autora nos foi oferendo migalhas
de informação aqui e ali que permitiram ir construindo a narrativa por detrás
das aparências.
Ainda assim foi uma leitura que gostei bastante, pela forma como cada personagem é exposta e pela trama em si. Não sendo um thriller de cortar a respiração, foi uma leitura que me deu muito gozo fazer.
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