Aqui está um livro que partiu de uma premissa muito
interessante, mas que, na minha opinião, não a soube cumprir de forma plena…
“Como Resolver o Próprio Homicídio” apresenta-nos Frances Adams,
que quando jovem foi ler a sua sina numa feira. O que ela não esperava é que
esta leitura lhe modificasse toda a vida, já que previa a sua morte por
assassinato. E ainda lhe juntou algumas pistas de como tal iria acontecer.
A partir desse dia, Frances passou a viver em função de descobrir
o seu próprio assassino, aquele que ainda não existia…
Os anos passaram e, no presente, vamos acompanhar Annie
Adams, sobrinha neta de Frances. A sua tia-avó, agora idosa, decidiu mudar o
testamento e organiza um encontro com todos os implicados. O problema é que
Frances é assassinada precisamente neste dia, pouco tempo antes de todos
chegarem, cumprindo-se assim os desígnios da sina.
Mas Frances, embora não tenha conseguido evitar o seu
próprio homicídio, deixou preparada uma carta, onde determina que a sua herança
irá para quem encontrar o assassino. Annie é uma das contempladas e aceita de
imediato o desafio…
E poderíamos ter aqui uma história muito original e
divertida, assente numa ideia igualmente original. No entanto, achei a concretização
da mesma muito morna. Há vários pontos que não me pareceram lógicos nem coerentes,
começando pelo cenário do crime, que foi imediatamente utilizado por todos.
Tanto quanto sei, cabia à polícia isolar o espaço e investigar antes de qualquer
outra pessoa… E mesmo o desenlace, tem associadas questões desconhecidas do leitor,
o que nunca lhe teria permitido desvendar o todo.
Em suma, temos aqui uma ideia gira, uma capa espectacular e expectativas altas que não foram completamente cumpridas. Não é um livro entediante, mas, na minha opinião, não enche as medidas…
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